Mitos e realidades sobre a síndrome de Down

Síndrome de Down é doença. Mito: a síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma alteração genética que afeta o desenvolvimento. As pessoas que nascem com a trissomia 21 não são doentes, vítimas ou sofrem com essa condição. Devemos olhar além da síndrome de Down e enxergar a individualidade de cada pessoa.


Síndrome de Down tem cura.Mito: a síndrome de Down não é uma condição que pode ser curada por meio de cirurgia, tratamento ou qualquer outro procedimento. É uma condição genética permanente.


Pessoas com síndrome de Down falam.Realidade: a síndrome de Down não impede o acesso à linguagem. Todas as crianças com a síndrome, a menos que tenham outras condições que afetem a fala, podem aprender a falar.


As pessoas com síndrome de Down apresentam atraso no desenvolvimento da linguagem.
Realidade: é comum que haja um atraso no desenvolvimento da linguagem em crianças com síndrome de Down. Esse atraso pode ser observado na aquisição das primeiras palavras, frases e na dificuldade em articular alguns sons. No entanto, o desenvolvimento varia de pessoa para pessoa.


Pessoas com síndrome de Down andam, comem e se vestem sozinhas. Realidade: pessoas com síndrome de Down podem aprender a andar, comer e se vestir de forma independente. No entanto, o desenvolvimento motor pode ser mais lento do que em outras pessoas. Muitas pessoas com síndrome de Down vivem de forma semi-independente, mas ainda há informações errôneas sendo repassadas sobre suas habilidades.


Pessoas com síndrome de Down são agressivas.Mito: não se pode generalizar as pessoas com síndrome de Down e atribuir a elas comportamentos agressivos. Cada indivíduo é único e seu comportamento é influenciado por diversos fatores, como família e ambiente em que vivem.


Pessoas com síndrome de Down são carinhosasMito: acreditar que todas as pessoas com síndrome de Down são carinhosas é um estereótipo baseado na associação com a infância. Devemos reconhecer que cada pessoa com síndrome de Down tem suas próprias características individuais.


Pessoas com síndrome de Down têm a sexualidade mais aflorada. Mito: a sexualidade das pessoas com síndrome de Down é igual à de todas as outras. No entanto, devido à falta de consideração e orientação adequada, algumas pessoas com síndrome de Down podem apresentar comportamentos inadequados. É importante orientá-las sobre como vivenciar sua sexualidade com privacidade, assim como qualquer outra pessoa. Isso é especialmente relevante para os meninos, que às vezes podem ser incentivados a se expor sexualmente sem receber a orientação adequada.


Pessoas com síndrome de Down podem trabalhar.Realidade: Sim, elas podem e devem trabalhar, pois o trabalho é importante para a construção de sua identidade adulta e realização pessoal. Atualmente, há muitas oportunidades de trabalho para pessoas com deficiência devido às políticas públicas.


Pessoas com síndrome de Down devem frequêntar escolas especiais.Mito: Elas têm o direito de participar plenamente da sociedade, como qualquer outra criança, e devem ser incluídas nas escolas regulares. Embora possam aprender a ler e escrever um pouco mais devagar, com estímulo e incentivo, muitas pessoas com síndrome de Down estão cursando faculdade, concluindo cursos superiores e trabalhando.


Pessoas com síndrome de Down adoecem mais.Realidade: Crianças com Síndrome de Down são mais suscetíveis a infecções, principalmente nas primeiras fases da vida, devido à baixa resistência imunológica. Essa propensão diminui com o tempo.


Existe uma idade adequada para uma criança com síndrome de Down entrar na escola?Mito: A criança deve entrar na escola quando for conveniente para ela e sua família.


Pessoas com síndrome de Down podem praticar esportes.Realidade: Sim, elas podem e devem praticar atividades físicas para seu bem-estar físico e emocional. A prática pode ser realizada em academias, parques ou praças. É importante fazer uma avaliação física antes de iniciar qualquer atividade.


Só podemos nos comunicar através da fala.Mito: A comunicação ocorre de várias formas, como gestos, expressões corporais e faciais, choro, fala e escrita. Para haver comunicação, é necessário estar em uma relação onde o desejo é reconhecido e respeitado.


A síndrome de Down é mais comum entre brancos.Mito: A Síndrome de Down afeta igualmente brancos, negros e asiáticos, independentemente de sua condição social, religiosa ou nacionalidade.


A maioria das crianças com síndrome de Down nasce de mulheres mais velhas? Mito: Embora as chances de ter um bebê com síndrome de Down sejam maiores à medida que a mulher envelhece, principalmente a partir dos 35 anos, cerca de 80% dos casos ocorrem em mulheres mais jovens. Isso se deve a uma combinação de fatores, como maior taxa de natalidade entre as mulheres mais jovens e menos realização do exame de amniocentese, que pode detectar a síndrome.


Existem graus da síndrome de Down.Mito: a síndrome de Down tem variações na sua origem, como acidente genético, translocação e mosaicismo. Porém, todas têm características semelhantes e são diferenciadas pelo cariótipo. O desenvolvimento das crianças com síndrome de Down depende da carga genética dos pais e da estimulação contínua desde a infância até a vida adulta para alcançar seu melhor potencial.


Pessoas com síndrome de Down podem ter relacionamentos. Realidade: as pessoas com síndrome de Down são perfeitamente capazes de formar relacionamentos de amizade, amor ou mesmo sentimentos de antipatia com outras pessoas.


Homens e mulheres com síndrome de Down podem ter filhos.Realidade: há registros de mulheres com síndrome de Down que tiveram filhos. Nessa situação, as chances de terem filhos com síndrome de Down são de 35% a 50% maiores. Há também dois casos registrados de homens com síndrome de Down que se tornaram pais. No entanto, as informações sobre a fertilidade desse grupo são limitadas e baseadas em pesquisas desatualizadas, pois anteriormente homens e mulheres com síndrome de Down eram mantidos separados em instituições.


As pessoas com síndrome de Down morrem mais cedo. Mito: no passado, cardiopatias congênitas não detectadas, que afetam um a cada três bebês com síndrome de Down, junto com baixa imunidade e problemas respiratórios, eram as principais causas de morte precoce. No entanto, com os avanços médicos e os cuidados dos pais, as pessoas com síndrome de Down agora têm uma expectativa de vida de pelo menos 60/70 anos.


Todas as pessoas com síndrome de Down vão desenvolver o mal de Alzheimer. Mito: embora algumas pessoas com síndrome de Down apresentem sinais de demência a partir dos 40 anos, isso não é inevitável. Estudos indicam que a incidência de demência entre as pessoas com síndrome de Down é semelhante à da população em geral, mas pode ocorrer 20 ou 30 anos antes.